O Sinpol contabilizou 53 homicídios e disse que Pernambuco teve um dos finais de semanas mais violentos do ano. Foram 32 assassinatos no interior e 21 na Região Metropolitana, sendo 5 duplos homicídios em 24h. Para o sindicato, a falta de estrutura na Polícia Civil é a principal razão da explosão de violência no estado.
“Pernambuco sustenta números de guerra. Não é normal 53 assassinatos em 72 horas. O crime organizado está avançando, assassinando e ganhando território. Estamos alertando o governo há meses sobre a urgente necessidade de ampliar o número de vagas oferecidas no concurso. Temos um déficit de maís 6 mil policiais e o governo oferece 445 vagas?. Hoje a Polícia Civil tem mais de 1400 policiais civis com tempo de serviço para se aposentarem”, afirmou Áureo Cisneiros, presidente do Sinpol.
O Sinpol fala em avanço territorial do crime organizado, principalmente no interior do estado. Para os representantes dos policiais civis, o crime organizado cresce diante da falta de estrutura na Polícia Civil.
“Não temos efetivo, não somos valorizados pelo governo, não temos sequer condições mínimas de trabalho. A delegacia de Surubim tem ordem de despejo por falta de pagamento do aluguel. Policiais Civis continuam fazendo cotinhas para comprar água para beber e até mesmo material limpeza. Delegacias são improvisadas em casas comuns. Não existe padronização das unidades policiais. Enquanto isso o crime organizado avança assassinando até mesmo crianças e bebês. A governadora Raquel Lyra precisa dialogar e investir na Polícia Civil, que é a polícia de inteligência”, disse Cisneiros.
Nesta semana que passou, a pedido do presidente da Assembleia Legislativa de Pernambuco, deputado Álvaro Porto, uma comissão de deputados estaduais se reuniu, no último dia 20, com o secretário da casa civil, Túlio Vilaça, para intermediar as demandas dos policiais civis. Ficou agendada uma mesa geral de negociação para essa terça-feira (27) e, na sequência, reuniões de mesas específicas entre representantes classistas dos policiais civis e governo.