Saiba onde encontrar soro para raiva humana em Pernambuco
Após registrar a primeira morte por raiva humana em oito anos, a Secretaria Estadual de Saúde de Pernambuco (SES-PE) divulgou a lista de hospitais que oferecem atendimento antirrábico e possuem soros disponíveis para tratar a doença.
A morte de Ivonete Maria da Silva, de 56 anos, que foi atacada por um sagui em Santa Maria do Cambucá, no Agreste de Pernambuco, acendeu um alerta sobre o perigo da raiva no Estado. O caso foi o primeiro registrado desde 2017.
Confira os hospitais e endereços para atendimento antirrábico em Pernambuco:
Região Metropolitana do Recife
Policlínica Lessa de Andrade (81) 3355-7800
Hospital Jaboatão Prazeres (81) 3184-4174
Hospital João Murilo de Oliveira (81) 3526-8833
Serviço de Pronto Atendimento Olinda (81) 3301-6315
Hospital de Igarassu (81) 3543-0566
Interior do Estado
Limoeiro: Hospital Regional José Fernandes Salsa (81) 3628-8800
Goiana: Hospital Belarmino Correia (81) 3626-8639
Caruaru: Hospital Mestre Vitalino (81) 3725-7750
Garanhuns: Hospital Regional Dom Moura (87) 3761-8104 / 8136
Arcoverde: Hospital Regional Ruy de Barros Correia (87) 3821-8300
Palmares: Hospital Regional de Palmares Sílvio Magalhães (81) 3661-8400
Salgueiro: Hospital Regional Inácio de Sá (87) 3871-8300
Petrolina: Hospital Universitário da UNIVASF (87) 2101-6500
Ouricuri: Hospital Regional Fernando Bezerra (87) 3874-4857
Afogados da Ingazeira: Hospital Regional Emília Câmara (87) 3838-8845
Serra Talhada: Hospital Professor Agamenon Magalhães (87) 3831-9600
Protocolo para Tratamento da Raiva
O tratamento contra a raiva humana segue as orientações do Ministério da Saúde e varia de acordo com o tipo de animal envolvido no acidente (doméstico ou silvestre) e as características da mordida ou arranhadura. Veja:
- Animais silvestres (como morcegos, saguis, macacos):
Protocolo obrigatório: É necessário aplicar o esquema completo de tratamento, independentemente da localização da mordida ou arranhadura no corpo. Inclui a aplicação de soro antirrábico (imediatamente) e quatro doses de vacina antirrábica.
- Animais domésticos (cachorros e gatos):
A conduta depende de dois fatores principais: Se o animal pode ser monitorado e a localização da mordida ou arranhadura.
Quando o animal NÃO pode ser monitorado (animal de rua ou desaparecido):
Realiza-se o esquema completo de tratamento, com a aplicação de soro antirrábico e quatro doses da vacina antirrábica.
Quando o animal PODE ser monitorado (animal conhecido):
- Casos de mordida em extremidades (mãos, pés ou rosto):
Tratamento imediato: Aplicação de soro e quatro doses de vacina, pois essas áreas possuem alta vascularização e maior risco de disseminação rápida do vírus.
- Casos de mordida em outras áreas (braços, pernas ou barriga):
Recomenda-se monitorar o animal por 15 dias e durante esse período, é fundamental observar os sinais de raiva no animal, como: Agressividade, salivação excessiva, dificuldade para engolir, paralisia ou mudanças de comportamento.
Animais com raiva geralmente morrem em até 7 dias após apresentarem os primeiros sintomas.
Se o animal não apresentar sintomas, o tratamento pode ser suspenso. Caso haja qualquer alteração no comportamento ou saúde do animal, o tratamento deve ser iniciado imediatamente.
Por que o tratamento é feito dessa forma?
Soro antirrábico: Contém anticorpos que combatem o vírus assim que entram no organismo, proporcionando uma defesa imediata.
Vacina antirrábica: Estimula o sistema imunológico a produzir seus próprios anticorpos, criando uma proteção de longa duração contra o vírus.