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Rosa Weber assume comando do Supremo em cerimônia nesta tarde

 Rosa Weber assume comando do Supremo em cerimônia nesta tarde
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O Supremo Tribunal Federal (STF) terá novo comando a partir de hoje. A 20 dias das eleições, a ministra Rosa Weber toma posse, nesta tarde, na presença dos outros integrantes da Corte. Ela será a terceira mulher a comandar o órgão e assume a gestão no auge da campanha eleitoral. Na mesma cerimônia, o ministro Luís Roberto Barroso será empossado como vice.
Para a solenidade, foram convidadas 1,3 mil pessoas. No entanto, segundo o STF, apenas 350 terão acesso ao plenário e os demais acompanharão em salões próximos ou via internet. Também foram chamados para o evento chefes de poderes, presidentes dos tribunais superiores e todos os candidatos à Presidência da República, além de parlamentares. Na ocasião, o procurador-geral da República, Augusto Aras, e o presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Alberto Simonetti, devem fazer pronunciamentos.

Weber substitui o ministro Luiz Fux e ficará pouco mais de um ano à frente do tribunal. Discreta e avessa aos holofotes, ela passou os últimos 10 anos praticamente sem conceder entrevistas. Segundo fontes ouvidas pelo Correio, a ministra deve manter o temperamento, com seu estilo técnico e distante de polêmicas.

As ministras Ellen Gracie (2006-2008) e Cármen Lúcia (2016-2018) também foram presidentes do Supremo. Desde o ano passado, Rosa Weber viu crescer o protagonismo no STF, com a relatoria de temas de grande repercussão como, por exemplo, a decisão de suspender a execução das emendas do chamado Orçamento Secreto, e o seu posicionamento a respeito do caso da compra da vacina indiana Covaxin.
Agora, como presidente do STF durante as eleições mais conturbadas desde a redemocratização, o principal desafio é manter uma relação institucionalmente equilibrada entre o Judiciário e o Palácio do Planalto, sem ceder aos rompantes do presidente Jair Bolsonaro (PL).
Unidade
Na avaliação do cientista político Cristiano Noronha, da Arko Advice, a nova presidente do STF deve seguir o estilo de Luiz Fux e atuar para proteger a instituição. “Eu não acho que mude a relação entre Executivo e Judiciário. Ela deve tentar manter a unidade da Corte e preservá-la dos ataques e críticas. Weber assume a presidência em um ano muito importante e, certamente, vamos ver muita judicialização da política em razão da disputa eleitoral”, destacou.
Para o cientista político André César, da Hold Assessoria Legislativa, mesmo com a troca de gestão, o Judiciário ainda será o protagonista da polarização política. “Essa pressão é muito forte e, com a aproximação das eleições, esses dois meses vão agudizar. Ela vai ter que ter um pulso muito grande. Outra coisa é a questão da exposição do Supremo. Antes, o STF era pouco falado. Hoje, os ministros tornaram-se figuras conhecidas”, comentou.

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