Depois da conversa com Nogueira, Edinho informou, por meio de uma nota, que o telefonema havia sido um pedido do próprio ministro-chefe da Casa Civil e que esse se dispôs a conduzir o processo de diálogo do governo de Jair Bolsonaro (PL) com a equipe de Lula.
Segundo Edinho, a informação foi repassada à coordenadora da campanha de Lula, deputada federal Gleisi Hoffmann, para que os encaminhamentos necessários fossem combinados. “Ressalto aqui a postura republicana e democrática do ministro Ciro Nogueira”, declarou o prefeito. A expectativa é de que da conversa entre Hoffmann e Nogueira saiam os nomes que atuarão no gabinete da transição.
Lula já começou a escalar interlocutores para conversar com lideranças no Congresso, como os presidentes da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG). A finalidade é a construção de uma pauta mínima de consenso que possa ser aprovada com rapidez nas primeiras semanas da nova legislatura, cuja prioridade é a adequação do Orçamento de 2023 às demandas do governo eleito.
Por ser um político experiente, com ótimo trânsito entre as forças políticas de centro que se aliaram à campanha de Lula no decorrer do processo eleitoral, o vice-presidente eleito Geraldo Alckmin provavelmente será encarregado de comandar o governo de transição.