Presidente da Câmara de Araripina ameaça fechar o plenário após manifestação dos servidores contra a reforma da previdência
A sessão desta quarta feira 17/11 na Câmara Municipal de Araripina, foi marcada por discursos acalorados, trocas de farpas, cobranças dos servidores municipais e ameaça de fechamento da Casa pelo presidente.
Um número significativo de servidores municipais compareceu na noite desta quarta na Câmara Municipal para acompanhar a votação ou pelo menos a apreciação do projeto de lei do executivo municipal que trata da Reforma da Previdência, onde diversos pontos vão contra o interesse dos servidores que, se aprovado o projeto, terão que trabalhar mais para se aposentar e ainda contar com mais tributações sobre seus salários, que inclusive estão congelados há cinco anos.
Durante a sessão, apenas alguns vereadores usaram a Tribuna para falar. Os de situação nada mais fizeram do que tentar justificar mais esse ataque da gestão municipal aos servidores, dentre esses inclusive, servidor municipal da educação que recebeu bônus salarial, enquanto a maioria vêm amargando arrocho salarial. Os de oposição deixaram claro que não votarão a favor do tal projeto e cobraram dos colegas do legislativo um posicionamento perante os servidores que ali estavam. Infelizmente, o líder de situação não explanou o projeto e durante todas as suas falas deixou claro sua defesa às medidas adotadas pelo gestor municipal, usando prerrogativas do governo federal mas sem explicar o cumprimento da lei federal quando se trata dos reajuste dos servidores por exemplo.
O presidente da casa por sua vez, sentiu-se incomodado com as falas de cobranças dos servidores presentes e chegou a ameaçar fechar as portas e impedir a presença da população em dia de votação, mesmo os vereadores de oposição alegando que o espaço da tribuna deveria sim ser aberto para um representante do SIMA para que fossem ouvidos.
No geral, pode-se assistir discursos de egos inflados de alguns vereadores, que ao que parece, não estão acostumados com a pressão popular quando o assunto é defender o interesse da população, além de uma memória seletiva, já que lembram e continuam cobrando prejuízos de gestões de oito anos atrás, mas ficam mudos quando o assunto são os prejuízos dos últimos cinco anos.
Ouça a matéria que foi ao ar no Tribuna Livre 1ª Edição desta quinta feira 18/11 na Rádio Grande Serra FM 90,9:
