Pernambuco: empresários defendem colaboração para bares, restaurantes e eventos
Por conta do aumento de casos da Covid-19 e da gripe H3N2 em Pernambuco, o Governo do Estado anunciou novas medidas restritivas para alguns setores econômicos. Os anúncios foram recebidos com preocupação pelos setores de bares, restaurantes e eventos, que passaram por um período sem atividades desde março de 2020. Os empresários pedem hoje um maior diálogo e colaboração para evitar novos prejuízos econômicos.
O setor de eventos foi o que teve mais mudanças, sendo a principal na redução de público permitido. Agora, o limite é de até 3 mil pessoas em locais abertos, de 1 mil em espaços fechados ou 50% da capacidade do local, valendo o que for menor. Além disso, continua a exigência da comprovação vacinal com duas doses ou dose única para quem tem até 54 anos e o reforço para quem tem a partir de 55. Passa a ser exigido nos eventos a apresentação do teste negativo para a Covid, caso tenham mais de 300 pessoas, com o exame sendo feito com 24 horas de antecedência no caso do teste rápido de antígeno e 72 horas para exames de RT-PCR.
As novas regras já estão em vigor e seguem até o dia 31 de janeiro. Já no caso dos serviços de alimentação, será exigido o passaporte vacinal com duas doses ou dose única para pessoas até os 54 anos de idade e, a partir dos 55, também o reforço. A quantidade de pessoas por mesa não pode passar de 20. A medida é válida para restaurantes, bares e lanchonetes, inclusive shoppings e centros comerciais.
Espera de dias melhores
O proprietário da All News, Marcelo Barraca tem eventos programados para os próximos dias e no mês de fevereiro. Segundo ele, a realização será possível para que um prejuízo maior não aconteça e devido ao bom relacionamento com os artistas. “Não podemos deixar de fazer, é o primeiro ano do evento. Temos uma parceria muito grande com os artistas e conseguimos fazer, mas não se paga. Temos que cumprir pela relação com os artistas e também com as pessoas que compraram os ingressos. O governo do Estado vem nos ajudando, aqui a vacinação está avançada”, disse.
Além dos produtores de eventos, o trabalho também ficou comprometido para empresas que montam estruturas para os eventos, como a Happy Estruturas, de João Mendes. Segundo ele, a empresa terá a quantidade de funcionários reduzida para atender aos eventos que ainda serão realizados. “Vamos sentar, reavaliar, demitir os funcionários novamente, já que não tem o evento, é se readequar novamente, porque o prejuízo é incalculável, tem muitos trabalhadores envolvidos. O impacto é muito grande, e algumas festas já estavam prontas. Fizemos investimentos em material”, afirmou.
Já o sócio da BG Promoções, Bruno Rego, aponta que o prejuízo é grande, mas as medidas devem ser respeitadas para a atuação. “Fomos bem atendidos essa semana pelos órgãos de fiscalização, tivemos uma reunião prévia antes de um evento para o final de semana, em Porto de Galinhas. Iremos atuar com responsabilidade, o prejuízo é astronômico e iremos cumprir porque lei e decreto devem ser respeitados, mesmo com prejuízos financeiros. Vamos continuar ajudando, quanto menos vidas a gente perder, mais vamos ficar felizes e continuar ajudando”, finalizou.