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Mulheres representam 17% dos candidatos a prefeito e 24% a vice-prefeito

 Mulheres representam 17% dos candidatos a prefeito e 24% a vice-prefeito
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Dois anos depois que o estado de Pernambuco elegeu três mulheres para os principais cargos do executivo estadual – governadora, vice e senadora – 73 mulheres são candidatas a prefeitas este ano, representando 17% do total de 435 candidatos a este cargo registrados na Justiça eleitoral até esta quarta-feira.

Já no caso dos candidatos a vice as mulheres somam 24% do total, ou seja, 104 mulheres disputam este cargo nos 184 municípios estaduais. No Recife, que pela, primeira vez, há quatro anos, teve uma mulher eleita como vice, Isabela de Roldão – agora substituída por Victor Marques – três dos sete candidatos a prefeito são mulheres e os candidatos homens, com exceção do prefeito, têm mulheres como vices.

Em relação à eleição de 2020 o percentual de mulheres candidatas a prefeita subiu de 16 para 17% e de vices de 22 para 24%. Já em 2020, apesar do percentual de candidatas a prefeita ter sido menor do que o esperado, 35 mulheres (quase 20% do total de prefeitos) se elegeram e hoje comandam seus municípios. Nos meios políticos a expectativa era de que 100 mulheres, no mínimo, registrassem suas candidaturas a prefeitas este ano, por conta do resultado da eleição de 2022 e que o número de vices fosse bem maior do que acabou acontecendo.

Devagar mas sempre

Havia também o fato de que, tendo a justiça determinado que 30% dos recursos do Fundo Eleitoral são destinados, obrigatoriamente, a mulheres candidatas, a busca pelo sexo feminino aumentasse mais entre os partidos. O presidente da Associação Municipalista de Pernambuco, prefeito Marcelo Gouveia, acha que este ano o número de mulheres prefeitas deve chegar a 40 – cinco a mais que em 2020.

Para ele, embora as mulheres tenham ganho a eleição para governadora, vice e senadora em 2022, isso não se refletiria necessariamente no caso das eleições municipais. “As eleições majoritárias estaduais tendem mais para o voto de opinião, sobretudo na Região Metropolitana e nos municípios maiores. Já no interior o voto é mais estrutural. Quem escolhe os candidatos são os líderes políticos e eles são mais propensos a apostar nos homens. Por isso o crescimento do número de candidatas a prefeitas cresce pouco de eleição para eleição mas está crescendo. Um dia isso vai mudar”.

Reeleição demonstra competência

Um exemplo patente da resistência das lideranças políticas se reflete inclusive no Recife onde as três mulheres candidatas – Dani Portela(PSOL), Simone Fontana(PSTU) e Ludmila Outtes(UP) – são de partidos pequenos, com pouco tempo de TV e muito menos recursos para custear as campanhas.

Na Região Metropolitana há exceções. Em Olinda duas das principais concorrentes são Mirella Almeida (PSD) e Isabel Urquiza(PL), lembrando que Olinda já teve como prefeitas Luciana Santos e Jacilda Urquiza. A atual prefeita de Igarassu, Elcione Ramos, é candidata à reeleição e há duas concorrentes de peso em Ipojuca e Jaboatão, a vereadora Adilma Barbosa(PP) e a deputada federal Clarissa Tércio(PP).

Se conseguir eleger sua candidata em Ipojuca, Adilma Barbosa, a atual prefeita Célia Sales será a primeira mulher que, além de ter tido dois mandatos consecutivos, conseguiu deixar como sucessora uma representante do sexo feminino. Tanto em Olinda quanto em Ipojuca, as três mulheres que geriram os dois municípios conseguiram se reelger: Luciana, Jacilda e Célia.

O mesmo aconteceu em Camaragibe com Nadegi. Isso demonstra que o que faltam são opções pois os partidos não prestigiam as mulheres. Quando elas conseguem chegar ao poder alcançam a reeleição.

 

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