Lula diz que vai cobrar explicações do ministro Juscelino Filho sobre viagem: ‘Se não provar inocência, não pode ficar’
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou nesta quinta-feira (2) que vai conversar com o ministro das Comunicações, Juscelino Filho (União), na segunda(6), para cobrar explicações sobre viagem que o ministro fez com diárias do governo. Lula deu entrevista à rádio BandNews.
As viagens do ministro foram inicialmente reveladas pelo jornal “O Estado de S. Paulo”. De acordo com o Estadão, Juscelino foi para São Paulo com dinheiro do governo, mas cumpriu agenda que era predominantemente de assuntos pessoais.
Segundo o jornal, em três dos quatro dias de viagem, o ministro se ocupou de atividades ligadas a seus cavalos de raça e participou de leilões.
Na entrevista, Lula afirmou que o ministro tem o direito a se defender. Mas que pode sair do governo se não conseguir provar inocência.
“Eu tentei esta semana conversar com o Juscelino. O ministro Juscelino está viajando, está no exterior, a serviço do ministério, discutindo em um encontro de telecomunicações. Eu já pedi para o ministro Rui Costa [da Casa Civil] convocar ele para segunda-feira a gente ter uma conversa, porque ele tem direito de provar sua inocência. Mas se ele não conseguir provar a sua inocência, ele não pode ficar no governo”, afirmou o presidente.
O ministro das Comunicações, Juscelino Filho, durante cerimônia na sede da pasta — Foto: Reprodução/YouTube
Mais cedo nesta quinta, o Ministério das Comunicações divulgou nota com o posicionamento sobre a viagem. A nota afirma que o ministro tinha compromissos oficiais na viagem ao estado de São Paulo.
“O ministro cumpriu agenda oficial nos dias 26 e 27 de janeiro, participando de reuniões com a operadora Claro, onde houve apresentação do plano de investimentos no país da mesma; [participou também de] reunião técnica com a equipe do escritório regional da vinculada Telebrás; reunião com o gerente regional da agência vinculada Anatel; e [participou] de visita e reunião com grupo BYD, em SP”, afirmou a nota .