Justiça aprova plano de recuperação judicial da Americanas, que tem R$ 43 bi em dívidas Decisão determinou ainda que os bancos BTG, Bradesco, Itaú, Votorantim e Safra façam desbloqueio de recursos
O juiz da 4ª Vara Empresarial do Tribunal de Justiça do Rio, Paulo Assed, aceitou o pedido de recuperação judicial da Americanas. A notícia foi antecipada por Lauro Jardim.
Em sua decisão, o magistrado determinou ainda que os bancos BTG, Bradesco, Itaú, Votorantim e Safra, que efetuaram bloqueios de recursos, contra a varejista sejam intimados para que cumpram no prazo de seis horas o desbloqueio dos valores sob pena de multa de 10% (dez por cento) do valor que tiver sido compensado e retido.
Assed destacou que a Americanas deverá comprovar ainda a utilização dos recursos com destinação exclusiva a manter o fluxo de caixa da atividade empresarial.
A empresa afirmou que pretende apresentar o plano de recuperação em 60 dias, que é o prazo previsto em lei. A Americanas pediu ainda à Justiça autorização para capitalizar a AME, um dos maiores vetores de renda da varejista, especialmente por se tratar de uma instituição financeira.
No início da manhã, a empresa já havia alertado que, devido ao tombo no caixa, reduzido a R$ 800 milhões, valor que foi reduzido a R$ 250 milhões após os bloqueios de diversos bancos.