Imposto de Renda: aumento da faixa de isenção pode levar a alívio de até R$ 662 em um ano; simule
A mudança na faixa de isenção do Imposto de Renda (IR), de R$ 1.903 para R$ 2.640, vai afetar todos os salários. Isso porque o cálculo do IR é feito a partir do “fatiamento” dos valores de acordo com cada faixa de renda, sobre a qual incide uma alíquota específica, que varia de 7,5% a 27,5%.
- Esse percentual vai incidir sobre a diferença entre os valores final e inicial de cada intervalo de renda.
Para ajudar os leitores a terem uma ideia de quanto passarão a pagar de IR na fonte, O GLOBO criou uma calculadora.
A calculadora leva em consideração somente o aumento da faixa de isenção de R$ 1.903 para R$ 2.640. Não foram feitos ajustes nas faixas seguintes do IR, nas quais a cobrança é feita de forma progressiva, conforme as alíquotas. O governo ainda não esclareceu se haverá atualização nas outras faixas.
Por exemplo, para um rendimento bruto de R$ 5 mil, considerando os valores atuais da tabela e a isenção de R$ 2.640, a alíquota de 7,5% será aplicada à diferença entre o valor de isenção e o final da primeira faixa, de R$ 2.826,65, o que dará R$ 14.
A alíquota de 15% incide sobre a diferença entre os valores final (R$ 3.751,05) e inicial (R$ 2.826,66) da faixa, resultando em R$ 138,65. Sobre a diferença entre os valores final (R$ 4.664,68) e inicial (R$ 3.751,06) da faixa seguinte incidirão 22,5%, o equivalente a R$ 205,56.
- A alíquota maior, de 27,5%, será aplicada à diferença entre os R$ 5 mil e o valor inicial da faixa, R$ 4.664,69, resultando em R$ 92,91. Ou seja, a dedução mensal sobre o salário desse contribuinte passará de R$ 505,64 a R$ 450,43.
Já alguém com salário de R$ 7 mil mensais verá seu desconto passar de R$ 1.055,64 para R$ 1.000,43. O cálculo também foi feito considerando as diferentes alíquotas do IR