Governo vai captar R$ 700 milhões para investimentos Com o chamamento público lançado na última sexta-feira, o Estado vai permitir que bancos privados também possam oferecer a operação de crédito para Pernambuco
O Governo de Pernambuco publicou na última sexta-feira um chamamento público para que todos os bancos possam participar da concorrência para fazer um empréstimo ao Estado de Pernambuco no montante de R$ 700 milhões. O valor é destinado a investimentos do Estado em infraestrutura e faz parte do Plano Retomada, que prevê uma série de intervenções econômicas em todas as regiões pernambucanas.
Neste chamamento de R$ 700 milhões, podem concorrer bancos privados, além dos públicos, o que é uma ação inédita no Estado, como conta o secretário da Fazenda. “É um edital que permite a participação de banco privado. É pioneiro. O tempo médio será de cinco a seis meses para concluir, depois disso, nós teremos mais duas operações. Todas devem ser destinadas pela regra de ouro para investimento em infraestrutura, obra hídrica, saúde, educação, mobilidade, entre outros setores”, disse Décio.
A primeira captação já foi feita com o Banco do Brasil no valor de R$ 88 milhões para restauração de rodovias estaduais.
O ajuste fiscal realizado pelo Estado cortou R$ 1,45 bilhão em despesa de custeio, reduziu 10% de benefícios fiscais e otimizou a receita do ICMS, trazendo um equilíbrio fiscal materializado nos relatórios resumidos de execução orçamentária com superávit de R$ 3,3 bilhões.
De acordo com Padilha, os recursos são possíveis por conta deste processo realizado. “Está tudo dentro do contexto do ajuste fiscal, do Plano Retomada e também do Plano de Captação. Fizemos o ajuste fiscal, cortando despesas no montante de R$ 1 bilhão no funcionamento da máquina pública, e otimizamos a receita do ICMS, para atingir o equilíbrio fiscal dinâmico”, afirmou.
Capacidade de alavancagem
Pernambuco está agora entre os menores endividamentos do País, passando a ter uma capacidade de alavancagem para investir enorme nos próximos cinco anos.
Com o ajuste fiscal, as operações voltam a ser realizadas por conta da melhoria dos índices de liquidez, poupança corrente e endividamento. A medida fez o Estado chegar num patamar que trouxe a melhoria do risco do estado, passando de Capag C para Capag B.