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‘Esquerda quer uma eleição em 2026 sem concorrente, W.O.’, critica Bolsonaro antes do julgamento de inelegibilidade no TSE

 ‘Esquerda quer uma eleição em 2026 sem concorrente, W.O.’, critica Bolsonaro antes do julgamento de inelegibilidade no TSE
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Tribunal Superior Eleitoral (TSE) retoma nesta quinta-feira, 29, às 9h, o julgamento sobre a Ação de Investigação Judicial Eleitoral (Aije) movida pelo Partido Democrático Trabalhista (PDT) que pode tornar Jair Bolsonaro (PL) inelegível por oito anos (contando a partir das eleições de 2022). O ex-presidente embarcou de Brasília para o Rio de Janeiro, por volta das 8h, onde cumpre agenda e deve acompanhar o julgamento. Antes do embarque, em conversa com jornalistas, Bolsonaro alegou ser vítima de perseguição política: “É um julgamento político. Qual a materialidade da peça do Carlos Lupi, que falou em fraude sem voto impresso, contra a minha pessoa? O Lupi agora é ministro da previdência de Lula. O que parece que a esquerda quer? Ter uma eleição em 2026 sem concorrente, W.O. basicamente. Poderia até se pensar, pensando pela esquerda, se é que eles pensam, que está dispensada a eleição de 2026, sem um concorrente à altura. Seria eleger o Lula por aclamação.”

“Não tem nada demais na reunião com embaixadores, é uma política privativa minha conversar com embaixadores. E repito, só fiz a reunião porque dois meses antes, sem legitimidade, o ministro do TSE fez uma reunião com embaixadores também. Não tem problema, é informação. Vivemos ou não em uma democracia?”, criticou. O ex-presidente também declarou não ter conversado com o ministro Kassio Nunes Marques, indicado por ele ao Supremo Tribunal Federal (STF), mas que conta com o apoio do magistrado: “Não conversei com ele nesses dias. Não conversei. É natural conversar, mas não conversei com ele. Tenho certeza que ele vai ser isento e falar o que for possível para mostrar que eu não tenho culpa e não cometi nenhum crime me reunindo com embaixadores. Agora, me acusar e me tirar os direitos políticos sob a acusação de abuso de poder político, a gente não consegue entender. Em 2017, a chapa Dilma-Temer foi absolvida mesmo com excesso de provas ao contrário. Criou-se uma jurisprudência, naquele momento não se julgou novas ações que foram incluídas no processo e o Temer continuou presidente”.

A ação julgada nesta quinta, movida pelo PDT, pede a inelegibilidade por conta de questionamentos feitos pelo ex-presidente referentes ao processo eleitoral, sem apresentar provas, durante uma reunião com embaixadores em julho de 2022. A partir das declarações, Bolsonaro é acusado de uso indevido dos meios de comunicação e abuso do poder político. Aliados e o próprio ex-presidente esperam que o ministro Raul Araújo Filho peça maior tempo para análise e, com isso, suspenda a sessão. Inicialmente, as esperanças estavam depositadas no ministro Nunes Marques, mas o magistrado será o sexto a votar. Neste momento do julgamento, acreditam interlocutores do ex-mandatário, já deve haver maioria a favor da inelegibilidade. Raul Araújo, por sua vez, será o segundo ministro a se manifestar sobre o caso e pode alongar o certame. Confira a fala completa do presidente antes de embarcar ao Rio de Janeiro no vídeo abaixo.

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