Entenda como funcionará o Voa Brasil, que terá passagens a R$ 200
O ministro de Portos e Aeroportos, Márcio França, revelou, na segunda-feira (26/6), os detalhes sobre o programa Voa Brasil, que vai oferecer passagens aéreas com valor fixo de R$ 200. Em entrevista ao programa de rádio Voz do Brasil, da Empresa Brasil de Comunicação (EBC), o ministro afirmou que as passagens serão adquiridas por meio de um aplicativo.
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“Vamos criar uma aplicativo em que você vai digitar seu CPF, se você não voou nos últimos 18 meses, e escreve lá quero ir de Brasília à Manaus e aí (o aplicativo) vai te dar todas as opções que são sempre por um valor único de R$ 200 para ida e R$ 200, volta”. Para participar do programa, a pessoa não pode ter voado nos últimos 18 meses. Além disso, o interessado terá direito a quatro passagens, cada uma a R$ 200, por ano.
O ministro explicou que as passagens serão vendidas para assentos que hoje ficam ociosos nos voos. “As pessoas não percebem, mas em média 21% das cadeiras vão vazias fora das datas de pico. Então, chamamos as empresas para conversar e dissemos que queremos que vocês (as empresas) facilitem o processo de compra da passagem”, explicou França.
O ministro disse, também, que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PL) pediu agilidade nos processos para atrair empresas de baixo custo (low cost) para o Brasil. Essas companhias têm tarifas mais baixas, por não oferecerem alguns serviços em comparação a outras.
O ministro garante que o programa não é subsidiado pelo governo, mas sim foi feita uma organização. Em abril, o ministro disse na Comissão de Infraestrutura e da Comissão de Desenvolvimento Regional do Senado, que a ideia de passagens por preços mais acessíveis foi uma sugestão das próprias companhias aéreas. “Eles sugeriram, que a gente fizesse um programa até R$ 200 o assento para qualquer trecho, não para todo mundo, mas para aqueles 90% que não voam, ou seja, ir buscar o passageiro que não está habituado a voar. Eles não têm esse dado. Quem tem esse dado somos nós [governo federal]”, declarou o ministro aos parlamentares.
Na entrevista a Voz do Brasil, o ministro também defendeu que a iniciativa é uma forma de fomentar o trânsito aéreo dos brasileiros. “Nós voamos um terço do que os colombianos e chilenos voam, precisamos alcançá-los. Para isso, o voo a R vai proporcionar à população viajar uma vez por ano” sinaliza França.