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Dia de combate ao câncer de pulmão: cuidado com o cigarro eletrônico

 Dia de combate ao câncer de pulmão: cuidado com o cigarro eletrônico
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O dia 1º de agosto é a data utilizada pela comunidade médica internacional como lembrete para o combate ao câncer de pulmão.  Conversamos com a presidente da Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica, Clarissa Mathias, e com a advogada Suzane de Castro, diagnosticada com a doença.

A principal causa do câncer no pulmão segue sendo o tabagismo. “Noventa por cento dos casos de câncer de pulmão estão relacionados com o cigarro”, explica Clarissa. A médica chama atenção também para outro problema: a proliferação dos cigarros eletrônicos. “São vendidos como inócuos e são extremamente prejudiciais, além de serem também um trampolim para o cigarro de papel”, explica.

A doença é silenciosa. “Quando a pessoa tem tosse e perda de peso costuma estar já em um estágio avançado”, explica Clarissa. A dica, principalmente para quem é ex-tabagista, é realizar anualmente tomografias para entender a situação do pulmão. Deixar de fumar não é garantia de que a doença não vai se manifestar.

Um estudo da empresa da área da saúde IQVIA com a farmacêutica Bristo Myers Squibb aponta que 70% dos pacientes com plano de saúde no Brasil identificam a doença em estágio avançado.

Foi assim com a advogada Suzane de Castro, 62. Ela fumou dos 14 até os 46 anos de idade. Em 2006, largou o vício após o seu neto nascer prematuro: “Minha filha morava na mesma casa que eu na época”, explica.

Dez anos depois, curiosamente, quem chamou atenção para um pequeno indício de que algo poderia estar errado foi o neto, que percebeu a tosse da avó. “Eu comecei a tossir, mas era uma tosse leve. Eu achava que estava com a minha carta de alforria escrita, 10 anos sem fumar, e descobri um tumor de sete centímetros, muito grande para o câncer de pulmão e com metástase”, lembra.

Os sintomas mais comuns são, além de tosse persistente, catarro com sangue, dor no peito, falta de ar, rouquidão, perda de peso, pneumonia recorrente e fraqueza.

Male doctor at work in public medical clinic and examining x-ray plates of bones, skull and lungs

Cinco anos de tratamento depois, entre quimioterapia e, atualmente, imunoterapia, Suzane pratica natação e caminha diariamente. Ela deixa a dica: “Parar de fumar é horrível, eu sonhava com cigarro. Mas um dia você vai ter um neto e pensar: será que vou estar aqui quando ele tiver 62 anos? E para quem teve o diagnóstico, digo: se agarre a alguma coisa, um filho, uma carreira, um sonho, você precisa ter um objetivo”, finaliza.

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