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Dengue acelera em Pernambuco, e número de casos chega a ser 473,6% superior ao mesmo período de 2023

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Resultado atual situa Pernambuco, pela primeira vez em 2024, no patamar de média incidência (entre 100 e 300 casos prováveis por 100 mil habitantes)

Cadastrado porCinthya Leite

O mais recente boletim epidemiológico semanal sobre os dados de dengue em Pernambuco apresenta elevação para 104,9 na incidência de casos prováveis (confirmados + investigação) da doença por 100 mil habitantes. Pelo critério do Ministério da Saúde, o cenário atual situa o Estado, pela primeira vez em 2024, no patamar de média incidência (entre 100 e 300 casos prováveis por 100 mil habitantes).

O balanço, divulgado nesta quarta-feira (20), pela Secretaria Estadual de Saúde (SES-PE), traz dados consolidados até o último dia 16 de março. O levantamento apresenta que o número de casos prováveis registrado no período (9.505 com sintomas de dengue) é 473,6% superior ao mesmo período de 2023.

Até o momento, 730 casos de dengue foram confirmados em Pernambuco. Desses, 9 apresentaram quadro grave (inclui dor abdominal intensa, vômito persistente, às vezes até com sangue, sangramento nas gengivas ou nariz, dificuldade respiratória, confusão mental, fadiga, náuseas, queda da pressão arterial e sangue nas fezes).

Segundo os dados apresentados pela SES-PE, 17 mortes associadas a arboviroses foram notificadas este ano e seguem em investigação.

O boletim epidemiológico aponta que, no momento, 16 municípios pernambucanos apresentam alta incidência de casos de dengue (notificações acima de 300 casos prováveis por 100 mil habitantes): Araçoiaba, Chã de Alegria, Fernando de Noronha, Quipapá, Riacho das Almas, Camocim de São Félix, Garanhuns, Belém do São Francisco, Terra Nova, Verdejante, Lagoa Grande, Exu, Granito, Ingazeira, Calumbi e Itaquitinga.

O balanço das arboviroses no Estado traz ainda que seis Regionais de Saúde estão em média incidência: IV (Caruaru), V (Garanhuns), VII (Salgueiro), VIII (Petrolina), X (Afogados da Ingazeira) e XII (Goiana).

CHIKUNGUNYA CRESCE 168% EM PERNAMBUCO E TAMBÉM ACENDE ALERTA

Os dados de Pernambuco mostram que a chikungunya cresce a cada semana. Neste ano, já foram notificados 1.943 casos prováveis da doença (168% maior do que o registrado em 2023), com incidência de 21,4 por 100 mil habitantes. Até o momento, 131 casos foram confirmados.

Já a zika, que não apresenta circulação há alguns anos no Estado, tem 184 casos prováveis, sem confirmações.

PODE SER DENGUE?

Todo indivíduo que apresentar febre (39°C a 40°C) de início repentino e apresentar, pelo menos, duas das seguintes manifestações (dor de cabeça, prostração, dores musculares e/ou articulares e dor atrás dos olhos) deve procurar imediatamente um serviço de saúde, a fim de obter tratamento oportuno.

No entanto, após o período febril, deve-se ficar atento. Com o declínio da febre (entre 3° e o 7° dia do início da doença), sinais de alarme podem estar presentes e marcar o início da piora no indivíduo.

Essa condição indica o extravasamento de plasma dos vasos sanguíneos e/ou hemorragias. Veja alguns dos sinais de alerta:

  • dor abdominal (dor na barriga) intensa e contínua
  • vômitos persistentes
  • letargia e/ou irritabilidade
  • sangramento de mucosa

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