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Bancada do agro unifica parlamentares em torno de um único pedido de abertura de CPI do MST

 Bancada do agro unifica parlamentares em torno de um único pedido de abertura de CPI do MST
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bancada ruralista se reuniu para chegar a um acordo e unificar os três requerimentos que circulavam na Câmara dos Deputados com o objetivo de recolher assinaturas para a instalação de uma CPI do Movimento Sem Terra. As recentes ocupações, registradas na semana passada e na última segunda-feira, têm preocupado o setor do agronegócio, já que os integrantes do movimento têm ocupado terras produtivas. O requerimento do deputado federal Tenente Coronel Zucco (Republicanos-RS), que já estava com um número avançado de assinaturas, foi o escolhido pela bancada. O parlamentar disse que o que mobilizou a conquista de assinaturas foi o alto número de invasões registrado nos últimos meses. “Nos primeiros dois meses [do governo Lula], tivemos mais invasões do que nos últimos quatro anos. No governo Bolsonaro tivemos reforma agrária, mais de 400 mil títulos rurais entregues para pequenos agricultores assentados”, disse. O requerimento de Zucco estava com 150 assinaturas até o final desta terça-feira, 14, mas, com o apoio da Frente, que reúne mais de 230 parlamentares, a expectativa é de que as 21 assinaturas ainda necessárias para o pedido de instalação da CPI do MST sejam alcançadas.

O presidente da Frente Parlamentar da Agropecuária, Pedro Lupion (PP-PR), disse que é importante descobrir se existem financiadores por trás dessas ações. “A FPA está junto na coleta de assinaturas, e que nós estaremos em peso participando desta comissão para entender de onde vem o financiamento, quem é que está motivando essa onda de invasões e, principalmente, por ter certeza de ser uma questão política e não agrária, investigar o que está acontecendo em pleno 2023, invasão de propriedade privada e de propriedades produtivas”, declarou. A ex-ministra da Agricultura e senadora Tereza Cristina (PP-MS) disse que este é um momento pertinente para investigar as ações do MST. Ela ainda ressaltou que o governo anterior, do qual fez parte, entregou mais de 400 mil títulos de terras pelo país, mostrando que existem outras maneiras de se fazer reforma agrária. “Ninguém aqui é contra a reforma agrária, somos contra invasões de terras. Então, eu quero parabenizar os deputados por essa iniciativa, esse começo de coleta de assinatura, que eu tenho certeza que conseguiremos rapidamente, porque é um anseio da população que esse problema seja resolvido”, disse ela.

O deputado federal Ricardo Salles (PL-SP), que também integra a Frente da Agropecuária, disse que o ambiente é de insegurança jurídica e que é necessário apurar eventuais omissões do governo federal. “Nós vamos apurar também a omissão de autoridades, que teriam por obrigação, em razão de sua função constitucional, de fazer cumprir a lei. Não é porque supostamente se diz, embora a gente não acredite, que alguns pretendem acesso à terra, que fica autorizada a prática de crimes. Nem na área urbana e nem na área rural”, disse.

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