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Após cancelamento, Lula avalia embarcar para China no dia 11

 Após cancelamento, Lula avalia embarcar para China no dia 11
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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva avalia remarcar a viagem à China para 11 de abril. Fontes do governo esclarecem que a data é uma das possibilidades trabalhadas. Realizadas pelo Itamaraty, as negociações dependem da agenda do presidente chinês, Xi Jinping, que receberá no próximo mês outros chefes de Estado, como o presidente da Espanha, Pedro Sanchez, e da França, Emmanuel Macron.
Segundo o Planalto, o objetivo da visita de Lula à China é aprofundar relações com seu principal parceiro comercial desde 2009. Em 2022, o país asiático importou mais de US$ 89,7 bilhões em produtos brasileiros, especialmente soja e minérios, e exportou quase US$ 60,7 bilhões para o mercado nacional.
O presidente suspendeu o embarque, que ocorreria no dia 26, por ter sido diagnosticado com pneumonia e infecção pelo vírus da Influenza A, na noite da última quinta-feira. Desde então, tem seguido a agenda no Palácio da Alvorada.
O retorno do petista ao Palácio do Planalto, previsto para ontem, foi barrado pelos médicos. Segundo o ministro da Secretaria de Relações Institucionais, Alexandre Padilha, o chefe do Executivo está bem de saúde, mas foi orientado a seguir com as agendas, mais um dia, na residência oficial, com a possibilidade de retorno para hoje.
“Ele está ótimo. O presidente está muito bem de saúde. Queria hoje (ontem) voltar para o Palácio do Planalto, a gente que vetou. Recebeu um veto ministerial e médico da minha parte e da equipe médica que o acompanha, a doutora Ana (Helena Germoglio) e o doutor (Roberto) Kalil”, explicou. “Aqui no Alvorada, ele consegue se reabilitar melhor.”
Na manhã de ontem, Lula se reuniu com a ministra da Gestão, Esther Dweck, e com a ministra do Esporte, Ana Moser. À tarde, discutiu com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e a equipe econômica o novo arcabouço fiscal.
A previsão é de que na manhã de hoje, às 10h, Lula e a ministra do Esporte recebam a taça da Copa do Mundo de futebol feminino, exibida, ontem, pela Fifa e pela Confederação Brasileira de Futebol (CBF) no Cristo Redentor, no Rio de Janeiro, e que passa por um tour de promoção pelos 32 países que disputarão os jogos.
A expectativa inicial era de que a taça fosse apresentada ao prefeito Eduardo Paes em um evento no Palácio da Cidade. Porém, em nota, a prefeitura do Rio de Janeiro informou que “após um pedido do presidente Lula, o prefeito concordou com a transferência do evento para Brasília com o objetivo principal de contribuir ainda mais para a valorização da modalidade no país”.
O Mundial feminino ocorre entre 20 de julho e 20 de agosto deste ano. As sedes são Nova Zelândia e Austrália. A estreia brasileira está marcada para 24 de julho, contra o Panamá.
Presidente quer viagem o quanto antes
Autoridades do governo brasileiro dizem que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva quer viajar à China o quanto antes. Essa era a visita de Estado prioritária desde a transição de governo e vinha sendo trabalhada para ocorrer nos primeiros 100 dias. Pessoas próximas ao chefe do Executivo dizem que ele deve insistir em ir ao país asiático antes de visitar a Europa. A previsão é de que ele esteja em Portugal no fim de abril.
O Itamaraty trabalha na costura de uma agenda entre o líder chinês, Xi Jinping, e Lula. Os chineses querem reproduzir, ainda, encontros de grandes dimensões entre delegações empresariais e de governo.
Na ocasião, Lula também deverá ir a Xangai para participar de uma solenidade de posse da ex-presidente Dilma Rousseff (PT), que já despacha na metrópole chinesa como presidente do Novo Banco de Desenvolvimento, instituição dos Brics (Brasil, Rússia, Índia, China África do Sul).
Após o cancelamento da visita, o Ministério das Relações Exteriores da China disse que foi informado e que trabalharia para combinar uma data conveniente a ambos.
A notícia de que Xi Jinping enviara mensagem desejando pronta recuperação a Lula e que concordava em reagendar a visita em uma data próxima saiu no jornal local China Daily. Isso foi interpretado por diplomatas como uma reação positiva.
Outra data sugerida pelos empresários do agronegócio, que foram em peso a Pequim e Xangai, era 18 de maio, quando ocorre uma feira de alimentação no país, chamada Sial. Muitos dos maiores exportadores brasileiros, que têm a China como mercado prioritário, viajam anualmente para o evento. A data casa com a reunião do G-7 no Japão, cúpula para a qual Lula foi convidado.

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