À mesa com Paulo Câmara, Paulinho da Força trata de Alckmin e de apoio à chapa Dirigente nacional participou de conversa junto com Augusto Coutinho e Rodrigo Coutinho
Foi com um almoço que o governador Paulo Câmara recebeu, nesta segunda-feira (24), o presidente nacional do Solidariedade, Paulinho da Força, no Palácio do Campo das Princesas.
Como a coluna antecipara, o dirigente tinha, na pauta, com o chefe do Executivo estadual, as conjunturas nacional e local. Ele chegou, à sede do Governo de Pernambuco, acompanhado do deputado federal Augusto Coutinho, presidente do partido em Pernambuco, e do vereador e secretário de Esportes do Recife, Rodrigo Coutinho.
Presidente do PSB-PE, Sileno Guedes, também foi à mesa. A extensa conversa, de cerca de duas horas, contemplou a expectativa sobre o destino de Geraldo Alckmin e chegou à cena pernambucana, quando Paulinho fez questão de pedir o apoio do socialista à montagem da chapa proporcional da legenda no Estado.
No PSB, há um zum-zum-zum em torno da possibilidade de a legenda atuar para manter o MDB na Frente Popular num movimento que compreenderia a travessia de deputados federais para a sigla, como forma de ajudar também os parlamentares a manterem seus mandatos numa disputa em que a coligação está proibida.
O detalhe é que, entre os vários nomes cotados, nessa estratégia, para se filiarem ao MDB, aparece o de Augusto. Paulinho da Força não esconde a objeção a tal hipótese.
A corrida presidencial, como a coluna cantara a pedra, entrou no radar. A Paulo Câmara, Paulinho falou sobre o convite feito a Geraldo Alckmin pelo Solidariedade, cuja finalidade seria a mesma do convite feito pelo PSB: indicar o ex-governador para vice do ex-presidente Lula.
Há expectativa por uma definição do paulista. Não houve tom de disputa na conversa em relação a isso. Deu-se um debate em torno das indefinições, incluindo as que cercam a escolha do nome que concorrerá à sucessão de Paulo Câmara.
Aos representantes do Solidariedade, ele reafirmou que a cabeça de chapa será do PSB e que fica na cadeira até o final do mandato, como já vinha pontuando desde as primeiras conversas com partidos aliados na semana passada, conforme a coluna apurou. Sobre o prazo para bater o martelo no candidato, Paulo Câmara disse trabalhar com início de fevereiro.
Com convites postos a Geraldo Alckmin, Paulinho da Força vê possibilidade latente de o presidente nacional do PSD, Gilberto Kassab, ser vice de Lula. A tese tem sido ouvida por quem troca figurinhas com o dirigente do Solidariedade.
Resta 1 > Originalmente, Alckmin se filiaria ao partido de Kassab para concorrer ao Governo de São Paulo. Ser vice de Lula pelo PSD, no entanto, é hipótese que o dirigente nacional já anulou para o ex-governador paulista. Há quem diga que Kassab não descartaria ser ele mesmo o vice, se convocado. Hoje, o PSD trabalha para ter candidato no 1º turno da corrida pelo Planalto.
Deadline > Ao informar, em conversa com o Solidariedade, que deve anunciar o candidato à sua sucessão por volta da primeira semana de fevereiro, Paulo Câmara se mostra sintonizado com o prazo ao qual o presidente nacional do PSB, Carlos Siqueira, se referiu na última quinta, apesar de o governador vir, até então, batendo na tecla de janeiro.