Pirataria digital é alvo de operação da Polícia Civil e do Ministério da Justiça e Segurança Pública
Uma operação da Polícia Civil de Pernambuco (PCPE) de combate a atividades ilícitas relacionadas à distribuição de música em plataformas digitais na internet brasileira desativou oito sites com mais de 12 milhões de acessos só no último ano. Os sites-alvos violavam direitos autorais ao disponibilizar obras musicais e outras mídias de forma ilegal, além de comprometer a segurança dos dispositivos utilizados pelos consumidores.
Colaboração
A ação contou com participação do Ministério da Justiça e Segurança Pública, por meio do Laboratório de Operações Cibernéticas (CIBERLAB) da Diretoria de Operações Integradas e de Inteligência – DIOPI/SENASP.
Além da corporação pernambucana, as polícias civis da Bahia e do Mato Grosso fizeram também parte de um esforço contínuo para proteger os direitos dos artistas, compositores e produtores musicais, bem como garantir que o público acessasse conteúdos de maneira legal e segura.
Resultados
A operação identificou e desativou os sites ilegais que ofereciam músicas sem a devida autorização dos detentores dos direitos autorais e, ao mesmo tempo, deixavam os consumidores que acessavam essas plataformas vulneráveis à atuação de Malwares e vírus, os quais podem capturar dados constantes nos dispositivos infectados. Ao todo, apenas no último ano,12 milhões de visitas foram registradas nos endereços da web.
Os websites foram bloqueados por determinação da 15ª Vara Criminal de Pernambuco após representação da Delegacia de Repressão aos Crimes Cibernéticos, sob a titularidade do Delegado Eronides Meneses.
Os relatórios técnicos elaborados pelo CIBERLAB revelam que os operadores dos domínios utilizavam táticas sofisticadas para monetizar o acesso ilegal a conteúdo protegido, enquanto inseriam scripts nos dispositivos dos usuários. Ao copiar música ilegalmente desses sites, os consumidores, além de prejudicarem artistas e produtores, também colocavam em perigo a integridade de seus dispositivos, que poderiam ser infectados por malwares ou levar o usuário a sites de phishing, capazes de roubar informações pessoais, financeiras e corporativas.
Esses sites utilizam conteúdo de entretenimento, no caso específico músicas, como chamariz, para redirecionar consumidores a publicidades contendo Malware e diversos outros tipos de códigos maliciosos que comprometem a segurança digital. Os dados abusivamente coletados por esses serviços ilegais alimentam crimes digitais mais graves.
Durante a operação, foram apreendidos materiais relacionados às atividades ilegais, bem como bloqueados os domínios. As investigações continuam para identificar e responsabilizar outros envolvidos na distribuição e manutenção desses sites.