Exame de toxoplasmose congênita para recém-nascidos será ofertado pelo SUS
A partir deste ano, todos os recém-nascidos devem ser submetidos ao exame de toxoplasmose congênita no Sistema Único de Saúde (SUS). O exame vai ser realizado a partir da amostra de sangue coletada do neném para a realização do teste do Pezinho. O objetivo da ação do Ministério da Saúde é detectar precocemente se houve transmissão da doença da mãe para a criança. O exame de toxoplasmose congênita deverá ser implementado no SUS no prazo de até 180 dias, a partir da publicação no Diário Oficial da União (DOU).
Atualmente, a toxoplasmose congênita só é detectada por exames quando a criança já apresenta sintomas ou sequelas da doença, como problemas na visão e na audição, e dificuldades mentais e motoras. A doença está entre as principais causas de mortalidade no período neonatal e também pode ser identificada nos bebês durante o pré-natal da gestante, evitando danos futuros ao seu desenvolvimento.
Toxoplasmose
Trata-se de uma infecção causada por um protozoário normalmente encontrado nas fezes de gatos e outros felinos. Esse protozoário pode se hospedar em humanos e em outros animais. A doença é causa pela ingestão de água ou alimentos contaminados.
Aproximadamente 85% dos recém-nascidos infectados pela toxoplasmose congênita não apresentam sinais clínicos evidentes ao nascer. No entanto, o bebê com a doença pode apresentar algumas alterações, entre elas restrição do crescimento intrauterino, prematuridade, anormalidades visuais e neurológicas.
Prevenção
Atualmente, o SUS oferece o Programa Nacional de Triagem Neonatal (PNTN), conhecido como Teste do Pezinho, que já prevê a triagem neonatal para seis doenças genéticas/metabólicas e congênitas: fenilcetonúria, hipotireoidismo congênito, doença falciforme e outras hemoglobinopatias, fibrose cística, hiperplasia adrenal congênita e deficiência de biotinidase.