Tristeza, ansiedade, baixa autoestima, falta de perspectiva, frustrações e outras questões que afetam a saúde mental passaram a fazer parte da rotina e assumiram a personalidade de muitos, no mundo todo. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), todos os anos, cerca de 1 milhão de pessoas tiram as próprias vidas. Mas, esse percentual assunta ainda mais ao mostrar que o suicídio está entre as principais causas de mortes entre adolescentes.
Neste mês da campanha de prevenção ao suicídio, “Setembro Amarelo”, é importante também ter atenção com os sentimentos e o comportamento dos pequenos e jovens.
“A ansiedade e depressão, agravadas pela pandemia, impactam na capacidade de interação das pessoas e, quando falamos de crianças e adolescentes, o quadro é ainda mais intenso. Os traços de transtorno psicológicos são gerados, na grande maioria das vezes, na infância, mas podem ser trabalhados para evitar fins trágicos decorrentes do desejo de tirar a própria vida ao se depararem com situações que, aparentemente, não conseguem resolver”, destaca o médico psiquiatra e professor do curso de Medicina da Unime, Diogo Capute.
O especialista explica que a tristeza está diretamente ligada à frustração intrínseca na criança. No entanto, esse sentimento é recriminado na maioria das vezes pelos adultos quando precisam lidar com a situação envolvendo os pequenos. É preciso ter cuidado com o uso excessivo dos recursos tecnológicos, como celular, tablet, computadores, pois podem desenvolver ou agravar graus de ansiedade. Os hábitos desmedidos podem ainda afetar o desenvolvimento da linguagem e do relacionamento de afetividade com o próximo.
Observação familiar
Como perceber que uma criança e um adolescente estão com a saúde mental afetada? Quais os sinais? O especialista fala que é importante observar a mudança de comportamento do filho e analisar como está o nível de relacionamento social dessa criança ou adolescente. “Isolamento, impulsividade, irritabilidade excessiva, tristeza constante e queda no rendimento escolar merecem atenção. Se há dúvida sobre o comportamento anormal, um especialista deve ser procurado para auxiliar essa família no tratamento adequado, identificando inclusive a causa desse transtorno”, alerta.
Os adolescentes que apresentam algum tipo de transtorno costumam ficar mais introspectivos, afastando-se dos seus grupos sociais e apresentando também alteração no apetite, comendo pouco ou mais vezes ao dia.
Empatia e apoio
Para ajudar as crianças e adolescentes que estão com a saúde mental afetada, a especialista destaca alguns pontos como a empatia e o amparo. É válido auxiliar, tanto as crianças quanto os adolescentes, a nomear de fato e verbalizar o que eles estão sentindo e ensiná-los a falar sobre os seus sentimentos. Seja por meio da escrita, do diálogo ou de alguma atividade em família, deve-se oferecer a escuta, acolher e trazê-los para perto.
Por último, o médico enfatiza o valor de um lar harmonioso no trabalho diário de manter a relação e o convívio saudável e necessário com a família e amigos perante as diferentes situações que ainda viverão ao longo dos anos.
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Rafael Coelho
Palavra do Especialista
Cardiologista explica gravidade do infarto em mulheres
Sintomas mais comuns do infarto em mulheres são o cansaço excessivo, alteração nos batimentos cardíacos, mal estar geral e sensação de falta de ar
Tieta Albanez é cardiologista – Foto: Divulgação
As doenças do coração são as que mais matam no Brasil e o infarto agudo do miocárdio em mulheres merece uma atenção a mais. Diferente dos sintomas nos homens, os sintomas do infarto nas mulheres costumam ser silencioso o que significa que muitas vezes não causa os sintomas clássicos como dor forte no peito ou sensação de aperto.
Segundo a cardiologista e homodinamicista do Real Hospital Português/MedInterv, Tieta Albanez, alguns dos sintomas mais comuns do infarto em mulheres são o cansaço excessivo, alteração nos batimentos cardíacos, mal estar geral e sensação de falta de ar. Por isso, é comum uma mulher está infartando, mas confundir os sintomas com problemas menos graves, como gastrite, gases ou ansiedade.
“Por ser uma doença ainda mais silenciosa no público feminino é recomendado que as consultas e os exames cardiológicos sejam feitos periodicamente, com o intuito de evitar maiores complicações. Principalmente se houver histórico de doenças cardíacas, pressão alta, colesterol alto ou infarto na família”, explica.
Estes sintomas podem surgir sem qualquer esforço físico ou trauma emocional, podendo começar quando a mulher está em repouso e tranquila. Além disso, podem surgir em conjunto ou separados, podendo muitas vezes ser confundidos pela mulher por situações mais simples, como uma gripe chegando ou um problema de digestão
Ainda de acordo com Tieta, quando houver suspeita de um início de infarto, é aconselhado procurar a emergência mais próxima ou ligar para o SAMU no 190. Em caso de consciência é importante procurar ajuda e iniciar massagem cardíaca até a ambulância chegar.
Os principais sintomas de na mulher são:
• Enjoo e mal estar geral;
• Cansaço excessivo sem causa aparente;
• Sensação de falta de ar;
• Desconforto na garganta, como se tivesse algo preso nesta região;
• Dor ou desconforto no queixo;
• Batimentos cardíacos irregulares;
• Dor no ombro;
• Dor na região do estômago